Chegam até mim sinais de ti
como se eu fosse um telégrafo
bem antigo que decifra códigos
e os transforma em delícias de amor.
Longínquo e sempre distante,
apareces como se fosses
uma equação matemática
ou um jogo de letras.
Eu vislumbro os números e letras
que a compõem através da retina esverdiada
e transformo a mensagem
na mais bela maravilha do amor.
Tu, simplesmente surrealista
envias um ponto, uma vírgula
ou simplesmente não dizes nada...
E eu, através do sentimento mais nato
que nos aperta o coração
decifro a tua mensagem.
E porque será que me dizes
sempre a mesma coisa!...
Porque será que eu descodifico
sempre a palavra Amor.
Será o meu alfabeto?...
Ou será simplesmente o nosso universo?