Sábado, 9 de Janeiro de 2010
Saudades...

Saudades! Sim…não…talvez…quem sabe muitas daquelas que não te consigo dizer…
Momento nosso… um beijo, um abraço, uma mão suave na minha pele…
Vislumbro o sonho sempre que encerro minhas pálpebras
e colo as pestanas para te sentir no meu coração!
Esquecer-te não consigo…não quero…não vou…
Se existe um amor entre nós, que importa?
Seja esse amor a chama que acende a alma de cada dia.
Que todos os acordares sejam de saudade,
Para que possa recordar nossos beijos, nossos abraços…
viver o imaginário da saudade…
Que bom que era se sempre que te quero esquecer,
ficasse mais viva a chama do amor, que me traz a saudade!
Yaleo
Saudades

Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbra-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isto, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforme
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, Amor, já esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca
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