EM CADA SONHO UM POEMA, UMA ALMA, UM CORAÇÃO DESFEITO DE MILHENTAS ATITUDES...SOLTA-TE PELO VAGUEAR DOS PENSAMENTOS, LÊ POESIA E DESCOBRE-TE NA IMENSIDÃO DAS PALAVRAS!...Yaleo 

Segunda-feira, 27 de Agosto de 2007
Vieste ver-me...

Vieste ver-me à tardinha, quando o sol descia ao oceano,

E longe dele me encontraste, a saborear a lembrança de um passado.

Traçaste linhas no céu com meus braços, olhaste comigo o brilho da luz de um Sol só nosso...

Teu olhar cravado no meu...

Tua boca pedindo a minha...

E o teu abraço surgiu quando o Sol já se punha, pendurado pelo ramo da loucura…

Envolveste-me...envolveste-me num aperto de paixão e meus olhos cerraram de desejo...

Os meus braços estenderam-se para ti...

Os beijos ternurentos realçavam-se sobre os ramos velhos de uma árvore que não conheço.

Que embaraço o meu, eu queria apenas viver um momento.



publicado por Yaleo às 21:41
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Miragem

 

Hoje caminhei pelos raios de sol ao teu encontro

Mas não te encontrei…

Ouvia-te ao longe no grito das ondas do nosso mar

Chamavas por mim, num sussurro gritante de sufoco.

A tua imagem estava deitada no alto mar,

No azul celeste de uma colcha de ondulação leve…

Meu coração batia forte e o meu passo apressava…

Era difícil chegar perto de ti.

Sempre que me aproximava fugias para mais longe não ficavas…

Eu continuava sozinha…

Contemplando aquela miragem.



publicado por Yaleo às 21:02
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Sábado, 18 de Agosto de 2007
Sigo contigo...

 

Este céu encoberto pelas nuvens escuras do tédio que sofro,

Faz-me ficar presa ao mundo que tu escolheste para mim.

A mágoa corroída circula-me no sangue estragado por ti…

Fizeste-me feliz um dia, e infeliz para sempre.

 Foges do meu caminho e puxas-me por uma corda enrolada

No meu pescoço, como se eu caminhasse para a forca da vida.

Deixo-me ir pisando tuas pegadas de elefante gigante atormentador,

Tremo de medo petrificado de mau cheiro num caminho escuro,

Fazes-me tanta falta… que sigo contigo de mão dada para o abismo…

Sei que irei cair, em queda livre como gostas, sem pensar em nada…

Aliviada da dor do amor, morrerei feliz e o teu coração passará a ser o meu.

 



publicado por Yaleo às 15:00
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Quarta-feira, 15 de Agosto de 2007
Sinto-me parada...

Hoje acordei com o silêncio das gotas de chuva,

O meu coração batia suave de emoção…

Meus pensamentos soltavam-se pelo quarto aquecido

E o mistério de ti vagueava dentro de mim…

 

Sinto-me parada na parada da vida!

 

Olho-te no pensamento e vislumbro a tua imagem,

Mesmo sem Sol, vejo-a reflectida no nosso mar

Tu apareces sorridente…

Preso nas gotas de chuva de Verão

Cais sobre o meu corpo e escorregas…

 

Não te quero perder, mas tu segues não ficas.



publicado por Yaleo às 13:27
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Terça-feira, 14 de Agosto de 2007
Pediste-me poesia...

 

Poesia me pediste, poesia te vou dar,

o mistério das letras que nos podem transformar...

  

O amor, o proibido, o inconstante...

dedicar-me a ti pedra dura, rochedo quebrado, areia dourada

forçosamente inconstante, sorridente, com lágrimas...

Presa a ti me sinto, como cristal de sal salgado, que perdoa o crime por ti deixado.

 

Que dizer-te mais forte, mais verdadeiro que o amor quebrado

pelo silêncio deixado nos poros do meu corpo pouco tocado!

Simplesmente sufocada me deixo ir, numa linha inexistente

que é apenas um bocado de ti.

 

Pediste-me poesia, como se eu fosse poeta,

como se  soubesse dizer-te a importância das minhas letras,

pedaços de mim e de ti, de nós, pedaços de riqueza esquecida pelo mundo.

Move-me os braços parados de carícias que não fazem,

move-me o peito apertado de amor esmagado,

move-me a cabeça dura que tenho e insisto em preservar,

como se o milagre da vida fosse igual ao da morte.

 

Pediste-me poesia, poesia degradante de lágrimas choradas rojadas pelo rosto pálido,

tal como disseste que eu era naquela viagem imaginária que fizeste a meu lado.

Morde-me ferozmente a carne e deixa-me a sangrar,

eu preciso de ti como se o sangue das minhas veias fosse gelado

e só o teu calor me aquecesse e rejuvenescesse a minha juventude calada.



publicado por Yaleo às 00:01
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Sexta-feira, 10 de Agosto de 2007
Saudade

 

Laços de afecto nos unem ao imaginário,

Percorro o teu cérebro inquieto e audaz,

Fazes-me falta e eu fujo, corro, amedronto-me

Não consigo entrar.

Essa porta imaginária que abre caminho

Pelas sendas estreitas de um raio de sol

Que se reflecte no nosso mar

Deixa-me sozinha e melancólica.

Percorro  de mão dada com a saudade

O caminho que percorremos lado a lado

Até à porta do coração, mas não entramos.

Saudade na despedida, aperto, felicidade,

 Sentimento fixado no ventrículo apertado

Que me esmaga pela ausência de ti.



publicado por Yaleo às 22:47
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Tu és...

Silêncios perplexos pelo exaltar da beleza

Alentos misteriosos de amor

Olhar-te sufoca-me de saudade

Lembrar-te pelas cores do Verão

Entristece-me as cores do Outono a chegarem.

 

E eu, sem ter sentido o cheiro a mar

A brisa celeste de uma loucura de Verão

Tenho apenas saudade de olhar-te

De pensar em ti quando chego perto da janela

Quando sinto o clic das gotas de chuva

Lembrarem-me um sonho passado

 

Quero estar perto e estou longe

Deixa-me olhar-te...espera...és lindo!



publicado por Yaleo às 22:09
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Quarta-feira, 8 de Agosto de 2007
O azul do mar

 

O azul do mar que me inspira ao olhar
Tempos passados, tempo a naufragar.
Sorrisos despertos num abrir e fechar,
De olhos perpétuos ao longe a olhar.

Reviver o passado, viver o presente,
Pensar no futuro como amor para sempre.
São as razões que nos levam,
Ao sussurrar no ouvido da gaivota gigante
Que te traz a razão ao peito gritante.

Amor ou paixão, carinho ou vontade,
Afinal que quero desse infame passado!
Vem de novo gritar no meu peito dorido,
Sentir que no fundo estás mesmo perdido.

Olha bem ao longe na linha do horizonte,
Recorda a sereia imaculada, branca e pura
Que em teus braços deitou,
Se deu com amor e sozinha ficou.



publicado por Yaleo às 14:50
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Herói...

 

Herói …

Esse que te adora
Que te beija e deseja
Que te abraça e que te embaraça

No imaginário de um sonho

Que te deseja e não te tem
Que te salvará e não te terá
Que pensa ter-te e nunca terá
Que sabe sempre que é um sonho

Herói ....


Isso só na fantasia
De se ser o que não se é
Ter algo que não se tem
Sentir o que não se sente

Viver num limite do imaginário

Herói…

Que quer e ainda sente,
Aquele beijo imaginário
Depois do pôr-do-sol
Sente aquele abraço de ternura
Sente o carinho que nunca  teve antes
Sente a tentação de satisfação
Sente a atracção, a sedução


Sente a correspondência
Sente a impotência
Sente que nunca voltará a sonhar…

(Adaptação)



publicado por Yaleo às 10:18
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Segunda-feira, 6 de Agosto de 2007
O Amor é...
O amor é a  flor mal cheirosa que me ofereceste...
O amor é a fotografia que me tiraste...
O amor é o passeio de mão dada pela areia da praia...
O amor é contemplar o pôr-do-sol a meu lado...
O amor é a liberdade que o vento nos mostra quando abrimos os braços...
O amor é a palavra doce de apoio...
O amor é o caminho que me ensinaste a percorrer...
O amor é a oração que rezaste por mim..
O amor somos nós...


publicado por Yaleo às 00:22
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Domingo, 5 de Agosto de 2007
Gotícula

 

Se me deito, desfalecida pela ausência de ti
Proclamo a tua presença,
Que se dissolve com as gotas
Que lá fora tilintam, como som estridente no meu ouvido.
 
Acabo por adormecer sonhando com a luz,
Presença da manhã, ausência da noite,
Reflexo do luar, pura imaginação doente.
 
 
Chamar por ti em gritos de dor,
A lágrima, gota perdida que entrou pela janela
Sofrimento do aperto que esmaga o coração,
Sou eu quem espera por ti.


publicado por Yaleo às 14:41
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Água...

Água translúcida e omnipotente.

Mergulho nela, no seu trepidar silencioso

Embebedo-me do seu suco transparente

E sinto a frescura da sujidade que escondo.

Água pura, cristalina, perpétua de sabores

Que à língua maldita e trémula de pecado

Finge lavar e humedecer.

 

Moem-me os ossos secos pela falta da água

Repica em silêncio ensurdecedor sempre que escorrega

Pelo viaduto inclinado do esófago arrepiado

Pela frescura de um sémen que me alimenta.

Perpetuo-me sem dó nem piedade e morro.



publicado por Yaleo às 14:34
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Sexta-feira, 3 de Agosto de 2007
Rochedo quebrado
Presa ao destino do mar envolvido pelas ondas salgadas,
Sôfrego é meu pensamento
Infiltrado nas leituras de um livro que já leste.
Como me atrevo a procurar-te no meio do abismo dos teus sentimentos
Que outrora quiseste dizer-me e não conseguiste.
Levanto-me e sento-me no pensamento,
Presa à cadeira de um rochedo maduro,
Lá fico, solta nas ideias mas calada nas tentativas de falar 
O que sinto sair-me pelos poros salgados do meu corpo.
Tu olhas-me como se eu estivesse a anos-luz da tua órbita.
Fechaste o teu imaginário de rotinas científicas que te amadurecem a alma,
Sinto-me perdida.
Um barulho, um silêncio, sindroma do medo,
Mas as montanhas movem-se na nossa direcção.
Ficamos, é verdade, ficamos ali a falar de letras
E a juntá-las como se fossem peças de um puzzle que só se consegue montar a dois.
Porque lês, porque falas, porque me procuras,
Tantas interrogações para explicar uma dádiva divina,
Um Deus que sabemos que não existe,
Que somos nós prostrados um no outro sem diálogo,
Ou com ele mudo e surdo.
Como conseguimos viver o flagelo do amor sem dor,
Sem sofrimento, sem raiva, sem paciência.
Lutar por ti, é isso que vou fazer.
Pregar-te à minha cruz com pregos de prazer,
Coroar-te com coroa de espinhos de paixão que começo a sentir,
Rasgar-te as roupas finas de Primavera
E despir-te os preconceitos que tens e insistes em negar,
Esfaquear-te o peito, para que jorre o teu sangue que quero beber.
Perdoa-me a vida cruel que sinto e dá-me a chance de umas letras,
Para que possa juntar a palavra amizade.


publicado por Yaleo às 17:07
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Quinta-feira, 2 de Agosto de 2007
Quebrou-se o silêncio

 

A tua voz voltou, um timbre com sotaque a luz

A minha alma resplandeceu de brilho

A saudade quebrou, e a noite voltou a ter luar

 

Marca-me a sina, designa meu destino

Leva-me daqui para longe,

onde os sonhos se tornam realidade

luta pela minha alma

 

mancha-me o vestido, provoca-me, torna-me ousada

lucra o dinheiro perdido na rotina do diabo

volta a fazer parte da minha vida

eleva-me a um pedestal onde só tu me vês

 

meu corpo espera-te ansioso

tuas mãos suaves revestem-me os sonhos

limpa-me o ferro velho que me atormenta

e viaja no tempo a meu lado.

 

Marca-me os dentes no peito dorido

Fere-me para que acorde do pesadelo

Lambe-me o sal abandonado na minha pele

Faz de mim um poço impregnado que te alimenta.

 

Mordisca a carne velha e flácida de ausência

Prova-me a carne sem tempero

Renova-me as energias perdidas

E faz-me feliz outra vez.



publicado por Yaleo às 22:20
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